sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Tenho percebido, um tanto preocupado, que as pessoas se filiam a uma Igreja, sem a preocupação de se informarem sobre as suas doutrinas, seus ensinamentos, suas normas e suas regras. Isso é muito sério. Por vezes, membros — na maioria dos casos — não lêem os livros que são escritos pelos pastores, professores, escritores, evangelistas ou teólogos da Igreja a que pertencem, e vivem sem saber como é mesmo que levam o seu cristianismo… Outros — e isto é de pasmar qualquer um! — não têm lido a própria BÍBLIA!
Pergunto: Que tipo de cristianismo é esse, que não incentiva à pesquisa do Livro Sagrado? Não era assim no tempo de Jesus, pois Ele recomendou o exame das Escrituras (João 5:39). No livro de Atos, encontramos pessoas preocupadas em testar, pela Palavra de Deus, se o que o apóstolo Paulo pregava, estava de acordo com o que está escrito (Atos 17:11)! Ninguém era crédulo o suficiente para aceitar como totalmente verdadeiras as palavras do próprio apóstolo Paulo!… Eles conferiam, para ver se ele não estava ensinando as suas próprias palavras, no lugar das Escrituras! E, foram considerados “nobres”, por causa dessa atitude!
Por exemplo, o que ensinam os líderes religiosos da Igreja Batista sobre assuntos que tratam da Lei de Deus, os Dez Mandamentos, e sobre o sábado? Estão os membros simples dessa Igreja sabendo o que os seus escritores estão dizendo?
O profeta Oséias escreveu estas palavras:
“O Meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote [líder religioso], rejeitaste o conhecimento, também Eu, te rejeitarei, para que não sejas sacerdote [pastor] diante de Mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos.”
Um guia religioso — pastor, professor, evangelista, teólogo — que rejeita a Lei de Deus, está comprometido diante de Deus, e comprometendo o seu rebanho à destruição, conforme o texto do profeta Oséias, transcrito acima. Tal líder religioso será responsável, diante de Deus, pelas almas que venham a perecer, no fogo dos últimos dias.
Temos algumas perguntas a fazer para alguns líderes da Igreja Batista.
  • O que é a Lei de Deus, os Dez Mandamentos?
Quem vai nos responder a essa primeira pergunta é o próprio Manual das Igrejas Batistas, escrito por Edward T. Hiscox, nas páginas 63 e 64. Ele diz:
“Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável de seu governo moral (Rom. 3:31; Mat. 5:17; Luc. 16:17; Rom. 3:20; 4:15); que é santa, justa e boa (Rom. 7:12; 7:7, 14, 22; Gál. 3:21; Sal. 119); e que a incapacidade que as Escrituras atribuem aos homens decaídos para cumprirem seus preceitos, provém unicamente da natureza humana pecadora (Rom. 8:7,8); livrá-los da qual e restaurá-los, através de um Mediador, a uma obediência não fingida à santa lei, é um dos principais objetivos do Evangelho e dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja visível (Rom. 8:2-4).”
Precisaríamos de mais alguma informação depois desta, dada pelo MANUAL DAS IGREJAS BATISTAS, que regulamenta todas as praxes da denominação? Creio que não! Vamos a outra pergunta:
  • Para que serve a Lei, os Dez Mandamentos?
William Carey Taylor, Doutor em Teologia, professor de seminário batista por muitos anos, e grande escritor, responde a esta pergunta da seguinte forma:
“Seria uma bênção se cada púlpito no mundo trovejasse ao povo a voz divina do Decálogo, pois a Lei é aio [mestre, guia] para guiar a Cristo.” — Os Dez Mandamentos, página 5.
Já o Pastor Nilson do Amaral Fanini, pregador do programa de televisão REENCONTRO, escreveu o seguinte no seu livro Dez Passos Para Uma Vida Melhor, páginas18 e 19:
“Se quisermos viver em paz com Deus e com o nosso próximo devemos, então, observar o Decálogo…. Devemos obedecer não por medo mas por amor. Precisamos observar as leis divinas tais quais elas são e não acomodá-las de acordo com as tendências da época, esquecendo ou comprometendo as leis divinas que regem a conduta moral.”
Para o Dr. George Eldon Ladd, teólogo de renome, batista, a resposta é a seguinte:
“Está claro que a Lei continua a ser a expressão da vontade de Deus para a conduta, mesmo para aqueles que não estão mais sujeitos à lei.” — Teologia do Novo Testamento, pág. 473.
Conforme disseram esses líderes batistas, a Lei de Deus serve: 1) Para conduzir a Cristo; 2) para nos manter em paz com Deus; 3) para servir como regentes da nossa conduta moral; 4) para expressar a vontade de Deus; 5) para ser regra de conduta, mesmo para os que foram justificados, etc.
  • Desde Quando Existem os Dez Mandamentos, a Lei de Deus?
Quem responde a isto é o Pastor Antonio Neves de Mesquita, Doutor em Teologia, e professor de seminários batistas de grande projeção. No seu livro Estudo no Livro de Êxodo, página 133, ele registrou estas palavras:
“Tomemos em consideração que antes de serem dadas as dez proposições, comumente chamadas Lei, já todos os ensinos nelas codificados estavam em vigor. Podemos mesmo dizer que desde que apareceu o homem sobre a terra os princípios do Decálogo tinham força de lei. E, se quisermos recuar mais ao passado, podemos afirmar que nunca houve tempo nem eternidade em que tais princípios não existissem. … Quando o homem foi criado, não lhe foi dada esta lei em forma catalogada, mas lhe foi posta no coração, dentro da consciência, dentro de sua íntima natureza, para que por ela se governasse.” (grifos nossos)
Aí está o testemunho de alguém que estudou bastante o Livro de Deus, e os ensinamentos dos grandes mestres da Igreja Batista. O Dr. Antonio Neves de Mesquita é autoridade muito responsável, e que pode muito bem responder pela Igreja Batista!
  • Existe a Lei Moral e a Lei Cerimonial?
Da obra A Interpretação da Bíblia, de Weldon E. Viertel, autor batista, na página 194, nós transcrevemos este texto: “A Lei pode ser dividida em três tipos: cerimonial, civil e moral. … De acordo com o livro de Hebreus, as leis cerimoniais eram sombras de Cristo. A sombra foi substituída pela realidade de Cristo e Seu ato redentor. As leis cerimoniais foram cumpridas; portanto, a Igreja não observa as leis sacrificiais e os festivais. As leis cerimoniais foram aplicadas a Cristo, em grande parte pelo uso da tipologia.
“… A lei moral continua efetiva; todavia, Cristo deu-lhe outro nível de sentido e aplicação. Lidou com a raiz das atividades éticas, incluindo atividades e motivos (o coração do homem).” (grifos nossos)
Ainda, Antonio Neves de Mesquita ajuda na resposta, quando diz:
“O concerto divide-se em três partes: lei moral ou os Dez Mandamentos (20:1-17); lei do altar ou cerimonial, meio de aproximação a Deus (20:22-26 e o livro de Levítico); e lei civil (21:1-23:19).” — Obra Citada, página 131. (negritos nossos)
  • A Que Tipo de Lei, Dentre as Indicadas Acima, o Apóstolo Paulo Se Refere em Colossenses 2:16?
Da obra publicada pelos batistas, Comentario Exegetico y Explicativo de La Bíblia, (em espanhol) Tomo 2, página 520, de autoria de Roberto Jamieson, A R. Fausset e David Brown, comentando Colossenses 2:16, nós tiramos esta preciosa conclusão:
” ‘SÁBADOS’ do dia da expiação e da festa dos tabernáculos chegaram a seu fim com os serviços judaicos aos quais pertenciam (Levítico 23:32, 37-39). O sábado semanal se apóia em uma base mais permanente, havendo sido instituído no Éden para comemorar a terminação da criação em seis dias. Levítico 23:38 expressamente distingue entre ‘o sábado de Jeová’ e outros sábados.” (grifos nossos)
Quer dizer: Colossenses 2:16 não está falando do sábado do quarto mandamento. Está falando da LEI CERIMONIAL, e não da lei moral!
  • Qual a Origem do Sábado do Quarto Mandamento?
Vamos, outra vez, consultar o Comentario Exegetico y Explicativo de La Biblia, Tomo I, página 21. Ali nós lemos o seguinte:
“A instituição sábado é tão velha como a criação, dando origem à divisão semanal do tempo, o que prevaleceu nas épocas mais remotas.” (grifos nossos)
Mais uma vez, Antonio Neves de Mesquita, com a palavra abalizada do estudioso:
“Naturalmente, temos de remontar ao princípio da criação, quando Deus descansou dos labores criativos, para encontrarmos a resposta à pergunta sobre a existência do sábado” — Obra Citada, páginas 162 e 163. (grifos nossos)
  • Há Razões Para Descansarmos no Sábado?
O primeiro que nos vai indicar algumas razões é o Pr. Nilson do Amaral Fanini. Num sub-tópico do seu livro Dez Passos Para Uma Vida Melhor, página 41, ele enumera dois motivos para o quarto mandamento:
  1. O Criador descansou. ‘E ao sétimo dia descansou’. Deus nos dá o exemplo de descanso.
  2. É que Deus santificou um dia. ‘Portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.’ Isto é, Deus separou um dia para ser consagrado a ele. Portanto não temos o direito de usar aquilo que não é nosso. O dia é do Senhor. Quando usamos algo que não nos pertence, estamos sendo péssimos mordomos. Mas devemos santificar o tempo. Não basta assistirmos aos trabalhos da igreja. As demais horas do dia devem ser vividas santificadamente.”
De outra fonte batista, nós transcrevemos o seguinte comentário:
” …e repousou no dia sétimo—não para repousar de esgotamento pelo trabalho (veja Isaías 40:28), mas cessou de trabalhar, dando um exemplo, que equivale a um mandamento, para que nós também suspendamos toda classe de trabalho. 3. Abençoou Deus o dia sétimo e o santificou.— fazendo uma distinção própria sobre os outros seis dias, demonstra que foi dedicado para fins sagrados. …É uma lei sábia e benéfica, pois proporciona aquele intervalo regular de descanso que requer a natureza física do homem e dos animais empregados em seu serviço, e a não observância do mesmo traz em ambos os casos uma decadência prematura.”
— Jamieson, Fausset a Brown, Obra Citada, página 21.
De novo, Antonio Neves de Mesquita:
“Seria impossível a qualquer povo desenvolver espírito religioso sadio e moral alevantada sem que houvesse meios adequados. Ora, o sábado, forçando o descanso das coisas seculares e fazendo inclinar a mente para as divinas, relembrando as beneficências de Deus à raça, conseguiria manter em equilíbrio os dois poderes humanos: físico e moral. … O sábado é um elo unindo os homens a Deus por meio do culto, que ele faculta e desenvolve. …Podemos aferir grandemente a espiritualidade de um homem pelo respeito que ele tem pelo dia de descanso.” — Estudo no Livro de Êxodo, páginas 163, 169 e 170.
  • Contra o Quê Jesus Se levantou Referente ao Sábado?
Quem nós vamos convidar, primeiro, para responder a esta pergunta é escritor batista, pastor Enéas Tognini. Ele diz:
“Contra os acréscimos Jesus Se levantou e os combateu, ressuscitando do ‘sábado’ o mais importante, o mais sagrado, que era o amor que se devia a Deus e ao próximo.” — Jesus e os Dez Mandamentos, Pr. Enéas Tognini, batista, pág. 39.
Também de O Novo Dicionário da Bíblia, página 1422, nós lemos estas esclarecedoras palavras:
“Durante o período entre os dois Testamentos, entretanto, foi surgindo gradualmente uma alteração no que diz respeito à compreensão acerca do propósito do sábado. … Paulatinamente a tradição oral foi se desenvolvendo entre os judeus, e a atenção passou a focalizar-se na observância de minúcias. … Foi contra essa sobrecarga aos mandamentos de Deus, pelas tradições humanas, que nosso Senhor se insurgiu. Suas observações não eram dirigidas contra a instituição do sábado como tal, nem contra o ensinamento do Antigo Testamento. Mas Ele Se opunha aos fariseus, que deixavam a Palavra de Deus sem efeito por causa de suas pesadíssimas tradições orais.”
Existem cristãos, mesmo sinceros, que acreditam que Jesus não guardou os Dez Mandamentos, ou o sábado. Até onde vai o conhecimento deles? O que diz a Bíblia? O que dizem os líderes batistas sobre esse assunto? Vamos ver!
Jesus mesmo disse o seguinte:
“Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e no Seu amor permaneço” (João 15:10b).
  • Jesus Guardou o Mandamento do Sábado?
“O quarto mandamento proíbe as atividades materiais, seculares. Por outro lado, ordena na palavra ‘santificar’ um trabalho espiritual, um serviço dedicado ao Senhor. Jesus cumpriu à risca as duas partes da prescrição legal. Ele não violou o mandamento divino como foi acusado pelos Judeus; o que Ele fez foi não ajustar-Se às fórmulas exteriotipadas dos acréscimos engendrados pelas tradições humanas em torno de um mandamento tão simples e tão claro. … Jesus, portanto estava certo, e mais do que certo quanto à guarda do sábado e não os seus gratuitos opositores. …
“Sobre o oceano de confusão agitado pela celeuma farisaica sobre o quarto mandamento, uma coisa paira mais alto e de modo inconfundível: é como Jesus guardou o sábado. Pelo menos três coisas vitais, importantes Jesus fez no sábado: 1) Nem Jesus, nem Seus discípulos fizeram no sábado qualquer trabalho secular; 2) foi regular, sistemática e costumeiramente à sinagoga, onde Se entregava às atividades divinas; 3) Gastou sempre as horas do sábado pregando o Evangelho, como se pode verificar de Lucas 4:16 e Marcos 1:21-39; a curar os enfermos, os coxos, os aleijados, os endemoninhados…”
— Jesus e os Dez Mandamentos, Pr. Enéas Tognini, páginas 42 e 43.
Alguns crentes acham que eles mesmos é quem devem escolher o dia para o descanso e culto. Que esta questão deve obedecer, antes, a conveniência das pessoas do que um claro “Assim diz o SENHOR”.
Será que deve ser assim mesmo?
Biblicamente, “o sétimo dia [da semana] é o sábado do SENHOR” (Êxodo 20:10).
Mas, o que dizem autoridades religiosas dentre os batistas?
  • Quem Deve Servir de Modelo, Padrão, Para A Observância do Sábado, como Dia de Descanso e Culto?

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“A justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: o justo viverá por fé”. Romanos 1:17
Quando aceitamos a Cristo com o coração e a mente e fazemos dEle nosso Salvador, Deus aceita a nossa confissão, arrependimento e conversão e então nos justifica. É o processo divino da aplicação do plano da salvação para todo aquele que crê.
Então o pecador é considerado justo por Deus. O crente é justo porque tem um coração puro e santo devido à habitação de Cristo na sua vida toda. Ele readquire o poder espiritual que perdeu por meio do primeiro Adão. Então o justo passa a ter atitudes corretas. (II Coríntios 5:17)
Como se operou isso?   “A fé genuína apropria-se da justiça de Cristo, e o pecador é feito vencedor com Cristo; pois ele se faz participante da natureza divina, e assim se combinam divindade e humanidade.” (EGW). Em outras palavras: é o poder espiritual agora restaurado na vida física; é ser justificado por Cristo; nosso caráter muda. Não é um processo fácil porque deve se dar a troca do “eu” pela mente de Cristo, a glória humana pela divina e permitir que Deus cumpra em nós o Seu querer. Segundo Paulo o Evangelho tem este poder. É quando o Espírito Santo se encontra com a fé do pecador que se torna possível o milagre da conversão com a mudança do caráter, ou do pecador em santo. É então que a justiça de Cristo se revela no homem arrependido.
O perigo está em termos apenas uma experiência teórica da conversão vivendo anos e anos tentando ser justos, aparentando fé, graça e poder. Estamos sendo enganados. O que necessitamos é aquele poder espiritual que vem pela queda do “eu”. Só então seremos possuídos da justiça de Cristo. Não esperemos manifestações físicas, arroubos e sentimentos estranhos. Conversão, justiça e poder espiritual são uma experiência prática que a gente sente quando sente paz, alívio da condenação do pecado, gozo e felicidade de viver e querer que os outros sintam o mesmo. Isto é sentido cada dia. É aquele andar quieto, gostoso e alegre com Deus, de mãos dadas.
É assim que Jesus nos justifica. “Esta Boa Nova nos diz que Deus nos prepara para o Céu – e nos faz justos aos olhos de Deus – quando colocamos nossa fé e nossa confiança em Cristo como Salvador. Isto é realizado pela fé, do princípio ao fim.” (Romanos 1:17)
Muitos ao nosso redor e na nossa igreja estão vivendo por fé. São os heróis da fé. Você é um deles?
Reflita sobre isso no dia de hoje…
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-> Texto: autoria desconhecida

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“Muitos naquele dia, hão de dizer-Me: Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade” (Mateus 7:22 e 23).
Você já pensou alguma vez por que é que os homens mencionados nesse texto se perdem no dia do acerto de contas? Eles não se perdem porque roubaram, mataram ou cometeram adultério; eles não se perdem por terem se portado mal. Pelo contrário, a vida destes homens é tão cheia de boas obras ao ponto de “expulsar demônios”, “profetizar” e “fazer milagres”. Você já imaginou alguém se perder tendo feito coisas tão boas como essas? Quer dizer que quando Cristo voltar haverá gente que se perderá apesar de ter feito tudo certinho, cumprindo tudo ao pé da letra e sem nunca ter saído da linha? É justamente isso que o texto que lemos está querendo dizer. Ninguém pode depositar sua confiança de salvação no seu bom comportamento ou em suas obras “maravilhosas” ou “prodigiosas”.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A razão é que, por todos os lugares, os membros das Igrejas têm uma forma de entender a Bíblia, que nem sempre se encaixa naquilo que ensinam os seus líderes — pastores, professores, evangelistas e escritores.
Por isso, chamamos a atenção para o conselho bíblico, que diz: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus. … Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas” (Hebreus 13:7, 17).
Se o conselho bíblico é que as ovelhas devem lembrar-se e sujeitar-se aos seus pastores, QUANDO ELES ENSINAM A PALAVRA DE DEUS, nada mais correto do que saber o que ensinam alguns pastores.
Por exemplo, o que ensinam os líderes religiosos da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, a respeito de assuntos que falam da obediência? O que dizem a respeito da Lei de Deus? E sobre o sábado? O que eles deixaram registrado, para a sadia orientação de seus rebanhos? Vamos conferir?

(1) O Que é a Lei de Deus? O Que São os Dez Mandamentos?

O Pr. Carlo Johansson, assembleiano, responde da seguinte maneira:
“A lei é a vontade de Deus, no Decálogo.”— Síntese Bíblica do Velho Testamento, pág. 48.
Já o Pr. Harold J. Brokke, também pentecostal, afirma isto:
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias… a santa lei de Deus é um pré-requisito divino para uma experiência mais profunda da graça.”
— Prosperidade Pela Obediência, pág. 10.
Por sua vez, , o Pr. Myer Pearlman, pentecostal, professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, que foi por muitos anos o orador do Programa de Rádio A Voz das Assembléias de Deus, assim se expressou:
“Os mandamentos representam e expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa os Seus súditos.” — Através da Bíblia, pág. 27.
Conforme foi visto acima, estes pastores pentecostais têm a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima. E o conselho bíblico é que se deve obedecer aos pastores que falam a PALAVRA DE DEUS.
Apenas os que falam a sua própria palavra, é que não devem ser atendidos. Especialmente, aqueles que usam sua própria palavra, mas dizem que é a palavra de Deus, enganosamente. Esses devem ser confrontados e combatidos com a “Espada do Espírito”.

(2) Para que Serve a Lei, os Dez Mandamentos?

Já citado, o Pr. Harold J. Brokke, dá várias respostas a essa pergunta. Ele diz:
“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. … Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. … O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. … Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.” — Obra Citada, págs. 14,15,16 e 17.
Tendo consciência da necessidade do homem com relação ao cuidado e proteção de Deus, o Pr. Myer Pearlman, atrás referido, escreveu:
“Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua alma.”
— Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, pág. 91.
Concordando de que a lei de Deus é para o benefício do homem, o Pr. Carlos Johansson declarou o seguinte:
“O decálogo — o fundamento do pacto e o mais essencial da lei, como também a condição para vida e felicidade.” — Ob. Cit., pág. 116.
Resumindo o que eles disseram: a lei de Deus serve: a) para compreendermos a salvação; b) para revelar a vontade de Deus; c) para fazer os homens sentirem necessidade de Cristo; d) para saber o que é o pecado; e) para ser como cerca protetora do perigo; f) como condição de vida e felicidade.
Todas estas coisas são muito boas razões para um cristão obedecer a Deus!
Além de tudo, estão de acordo com a palavra de Deus.

(3) Desde Quando Existem os Dez Mandamentos, a Lei de Deus?

Também da Assembléia de Deus, o Pr. Orlando Spencer Boyer, comentarista, escritor, pastor, professor e autor de muitos livros, registrou estas palavras sobre o Decálogo:
“Não se deve pensar que não existia nada destes mandamentos antes de Moisés. Foram escritos nas mentes e nas consciências dos homens desde o princípio.”
— Pequena Enciclopédia Bíblica, pág. 198.

(4) Precisamos de Outra Lei, Além do Decálogo, Para Nos Indicar o Que é o Pecado?

Quem responde muito bem a esta pergunta, também, é o Pr. Orlando S. Boyer, quando diz:
“Não há pecado que não é condenado por um dos Dez Mandamentos.”
— Loc. Cit., pág. 198.

(5) Existe a Lei Moral e a Lei Cerimonial?

Mais uma vez o Pr. Boyer nos apresenta aquilo que tem aprendido de Deus, em anos de estudo da Palavra:
“Algumas pessoas dão ênfase à distinção entre mandamentos ‘morais’ e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências ‘morais’ são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso. … As leis ‘cerimoniais’ podem ser abrogadas na mudança de dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção.” — Marcos: O Evangelho do Senhor, págs. 38 e 39.
E o Pr. Antonio Gilberto, também da Assembléia de Deus, confirma:
“A parte moral da lei é eterna e universal”. — Manual da Escola Dominical, pág. 86.

(6) A que Tipo de Lei o Apóstolo Paulo Se Refere em Colossenses 2:16?

O Pr. Myer Pearlman responde, apropriadamente, a esta questão, quando escreve:
“A sua relação com a lei cerimonial (vers. 15,16). As festas, os dias santos e outras observâncias cerimoniais judaicas não passam de símbolos e figuras representando Cristo. Agora, desde que Cristo cumpriu os símbolos, os mesmos tornam-se desnecessários.” — Através da Bíblia, pág. 293.

(7) E o Sábado do Quarto Mandamento, Qual a Sua Origem?

Num livro preparado pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), para tirar algumas dúvidas sobre certos assuntos, intitulado A Bíblia Responde, nós lemos esta declaração:
“O observador mais acurado vai perceber que o sábado não é um mandamento originado na lei mosaica (Gên. 2:3), ainda que mais tarde a ela incorporado.” — A Bíblia Responde, pág. 123.
Depois dele, quem responde a esta pergunta é o Pr. Carlo Johansson. Ele escreveu estas palavras:
“O sábado tem a sua origem na criação, Gên. 2:1-3.” — Ob. Cit., pág. 42.
O Pr. Myer Pearlman, estudioso e dedicado, completa o que foi dito acima, da seguinte maneira:
“O Grande Arquiteto do Universo completou em seis dias Sua obra da criação, e descansou no sétimo dia. … No sétimo dia Ele descansou, dando ao homem um exemplo, trabalhando seis dias e descansando no sétimo.” — Através da Bíblia, págs. 14 e 15.
Conclusão: A origem do sábado, ao contrário do que ensinam alguns cristãos desinformados, não é a doação da Lei dos Dez Mandamentos, no Monte Sinai. Conforme os estudiosos da Bíblia, da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, foi na SEMANA DA CRIAÇÃO. Seis dias de trabalho, e o sétimo para o descanso e culto.

(8) Há Razões Para Descansarmos no Sábado?

O Pr. Harold J. Brokke é bastante enfático, e categórico, ao dar uma resposta a esta questão. Ele proclama “em alto e bom som”:
“É possível que alguém imagina que a transgressão desse quarto mandamento é menos grave do que a transgressão dos outros nove. A verdade, porém, é que quem se dispõe a transgredir o quarto mandamento já tem no coração a inclinação de transgredir um ou mais dos outros mandamentos. …
“Por que deve o homem guardar o sábado do Senhor? Porque é justo! Segue-se aqui o mesmo princípio de não furtar porque não é justo.” — Ob. Cit., págs. 58 e 59.
(9) Contra o Quê Jesus Se Levantou Com Relação ao Sábado?
Alguns cristãos pensam que Jesus combateu o sábado do quarto mandamento. Será que foi isso mesmo?
A Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD) publicou um livro, comentando, brevemente, toda a Bíblia. Nele nós encontramos:
“O zelo dos fariseus não era pela Lei de Deus, mas das suas próprias tradições. Tinham tornado o dia de descanso em um dia cheio de preceitos e exigências absurdas. Jesus deliberadamente pisou-as, e estabeleceu o princípio de que ‘é lícito fazer bem no sábado’(v.9).” — S. E. McNair, A Bíblia Explicada, pág. 355.
Comentando sobre Mateus, capítulo 12, o Pr. Myer Pearlman escreveu isto:
“O capítulo 12 registra a oposição dos fariseus a Jesus. Seus motivos para opor-se a Ele eram os seguintes: Sua origem humilde; Sua associação com os pecadores; e a Sua oposição às tradições. O capítulo 12 descreve a oposição vinda pela última razão mencionada.” — Através da Bíblia, pág. 193.

(10) Que Tipo de Trabalho Jesus e Seu Pai Fazem no Sábado?

Outra vez, o Pr. Myer Pearlman! Ele escreveu um comentário do Evangelho de João. Vejamos o que ele disse sobre João 5:15-20 (que é o texto preferido de que muitos crentes usam para tentar “provar” que Jesus “trabalhou” no sábado):
” ‘Mas Ele [Jesus] lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também’. Noutras palavras, Deus trabalha no sábado, sustentando o universo, comunicando vida, abençoando os homens, respondendo as orações.”
— João — “Ouro Para Te Enriquecer”, pág. 59.

(11) Como o Cristão Demonstra o Seu Amor a Deus?

Referindo-se a 1 João 2:2-6 e 5:2 e 3, o mesmo Pr. Pearlman escreveu, apropriadamente, estas palavras:
“O nosso amor a Deus encontra a sua manifestação na observância de Seus mandamentos. … Obediência aos mandamentos de Deus em imitação de Cristo. … Assim sendo, ele [o apóstolo João] ordena aos homens que dêem prova do seu conhecimento de Deus. Para saberem de certo se têm ou não o conhecimento de Deus, a prova é simples — guardam os mandamentos de Deus?”
— Através da Bíblia, págs. 344 e 341.
Isso está perfeitamente de acordo com as palavras do Senhor Jesus, em João 14:15 e 21, que diz:
“Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. … Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele.”

(12) Diante de Tudo o Que Foi Apresentado, Qual Deve Ser a Posição de Cada Ovelha do Rebanho da Assembléia de Deus?


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

12-paisagem-b
O rapaz da roça mudou-se para São Paulo. Só tinha o Primário. Arranjou emprego. Fez o supletivo de primeiro e segundo graus. Entrou numa universidade. Deu duro. Formou-se em Medicina. Casou-se com uma moça educada e rica. Voltou para ver os pais no interior. Todos perceberam que ele não mudou nada. Era o mesmo homem de sempre. Não se envergonhava da pobreza dos pais. Não deixou de amá-los. Não se envaideceu. Não guardou distância de ninguém.
A mocinha professou a fé em Jesus há dez anos. Formou-se em Economia Doméstica e foi trabalhar em extensão rural. Esteve no interior, em cidades onde não havia igreja cristã. Depois, ganhou uma bolsa e foi para a Europa estudar mais. Lá havia igrejas e não poucas. Mas sem jovens: só velhos. Sem dúvida: só formalismo. Sem exposição bíblica: só erudição e cultura. Com os títulos de mestrado e doutorado na mão, voltou ao Brasil. Voltou para a cidade de origem, para a igreja onde professou a fé, para a Universidade onde se formou e da qual seria agora professora. A igreja inteira matou as saudades e percebeu que ela não mudou nada. Era a mesma jovem de dez anos atrás, no trato, na fé, na conduta.
O marido foi convocado para a guerra. Viajou para o Vietnã. Expôs-se ao perigo, à morte, aos horrores da guerra. Sofreu na carne o problema da solidão. Sentiu falta da esposa. Chegou bem perto da droga. Foi assediado pelo pecado. Depois de dois anos, voltou. A mulher, no Texas, esperava-o medrosa, preocupada, desconfiada. Mas não havia razão alguma, ela logo percebeu. O marido não mudou nada. Ainda a amava. Guardou-se para ela. A filhinha de sete anos abraçou o pai e disse à mãe: “Mamãe, papai não mudou nada!” De fato ele era o mesmo de sempre.
Jesus foi assunto aos céus. Desde então está à direita de Deus. Vinte séculos nos separam dele. Não o vemos desde a ascensão. Ele ainda não voltou. Nossa geração não o conhece pessoalmente. Temos nos ligado a Jesus a partir das informações das Escrituras e, depois por meio do relacionamento puramente espiritual que mantemos com Ele. A pergunta é grave e pertinente: o Jesus de hoje é o mesmo Jesus dos Evangelhos?  Mas a resposta também é exata e definitiva: “Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre” (Hebreus 13:8).
Importa-me alguma coisa Jesus não ter mudado nada? É claro que sim. Isso me afeta profundamente: me anima, me conforta, me encoraja, me dá segurança. Se Jesus, ontem, conhecia a todos, como os Evangelhos mostram sobejamente (Jo 1:47-50, 4:17-18; Luc 7:39-50; 19:5), hoje Ele me conhece também: meu nome, meus problemas, minhas angústias, minhas dúvidas, meus temores, meus pecados e até minhas incógnitas. Se Jesus, ontem, se condoía do sofrimento humano (Mt 9:36; 11:28; 14:14; 20:34), hoje, mesmo na glória do Pai, Ele é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram: “Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas” (Hebreus 4:15, 5:2). Se Jesus, ontem, amava profundamente ao ponto de dar a sua vida pelas ovelhas (João 10:11; 15:13), hoje Ele ainda ama e com a mesma intensidade. Se Jesus, ontem, transformava os pescadores de peixe em pescadores de homens, os boanerges em mestres de amor e tolerância, a mulher samaritana e outras mulheres em exemplos de piedade, hoje Ele continua transformando todo aquele que aprende com Ele e toma o Seu jugo (Mateus 11:29). Jesus não mudou nada. Ontem e hoje é o mesmo. E o será para sempre!  Quando Ele voltar, nós o reconheceremos logo e ficaremos muito à vontade diante dEle!

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“O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós.” João 1:14
Cremos que Jesus, ao tomar a forma humana, viveu o duplo aspecto da natureza divino-humana. “A Escritura Sagrada, com suas divinas verdades, expressas em linguagem de homens, apresenta uma união do divino com o humano. União semelhante existiu na natureza de Cristo, que era o Filho de Deus e Filho do Homem. Assim, é verdade com relação à Escritura, como o foi em relação a Cristo, que o Verbo Se fez carne e habitou entre nós.” (EGW)
Por que esta decisão de Deus?
Porque ao homem pecador seria impossível chegar ao trono da graça por seus próprios esforços ou méritos. Então a Divindade tomou a iniciativa de descer até nós, ainda que de um a maneira sobrenatural, para nos mostrar uma vida melhor e como vivê-la, a ponto de sermos reabilitados à condição de filhos de Deus e assim herdeiros de uma salvação de caráter eterno. Foi esta a missão de Cristo e a realizou de forma vitoriosa vivendo o amor do Pai, revelando o Seu verdadeiro caráter de justiça, bondade e misericórdia e reabilitando a glória do Pai em nós, tão atacada por Lúcifer.
Portanto, a salvação não tem origem em nós, mas ela procede de Deus. Nossa parte é crer, ter fé tão-somente de que o Senhor cumprirá todas as Suas promessas. E Suas promessas estão na Bíblia. Por isso a Palavra de Deus, a Bíblia, desempenha um dos papéis mais importantes em nossa salvação do pecado por Cristo Jesus. O Espírito Santo inspirou a Bíblia com pensamentos divinos, traduzidos em palavras humanas; a Bíblia foi e é a Palavra divina feita em forma de escrita humana. E nisto reside o poder do Verbo e da Palavra escrita.
“Por Sua humanidade, Cristo estava em contato com a humanidade; por Sua divindade, firma-Se no trono de Deus. Como Filho do homem, deu-nos o exemplo de obediência; como Filho de Deus, dá-nos poder para obedecer.” (EGW)
Tudo é motivado pelo amor que Deus nos tem e Seu desejo de que O amemos também. Nenhuma outra religião tem como fundamento o amor vivido por um Deus Criador que Se tornou Salvador. Por isso, nós O servimos por amor e não por temor. Que amor inigualável!

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