“Vinde vós, aqui à parte, … e repousai um pouco” (Marcos 6:31)
Após um período de árduo labor, os discípulos voltaram à companhia de Jesus. Haviam completado uma agitada jornada missionária e agora, extenuados, compareceram à presença do Salvador. O compassivo Nazareno, contemplando aqueles vacilantes galileus, quase vencidos pela fadiga, disse-lhes: “Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco.”
Uma bateria de automóvel tem um limite de resistência. Quando há carga que se aplica ultrapassa este limite, as camadas interiores se desintegram. Do mesmo modo, a mente e o corpo humanos têm um limite de resistência. Se o sobrecarregarmos demasiadamente, provocamos o rompimento do equilíbrio nervoso.
Devemos, pois, cultivar a arte do repouso, tendo em vista o reabastecimento das energias combalidas e a restauração do vigor debilitado nas lutas pela sobrevivência.
Uma noite de tranquilo e reconfortante descanso constitui uma necessidade imperativa na vida do homem. Entretanto, alguns de nós, após o repouso da noite, despertamos pela manhã cansados, abatidos e indispostos. Dormimos, é certo, sem interrupções durante a noite inteira, porém levantamos fadigados e sem entusiasmo para as lutas do dia. Isso naturalmente ocorre quando, depois de um dia de intensa e extenuante atividade, vamos à cama com os nervos tensos e a mente assoberbada com os múltiplos problemas. E é evidente que, quando o espírito não repousa, o corpo não desfruta em sua plenitude os benefícios do sono.
Necessitamos, portanto, após as atividades do dia, refrear a imaginação e liberar a mente de todas as ansiedades, cuidados e aflições que impedem o completo relaxamento dos músculos e a repousante tranquilidade do espírito.
Quando pomos de lado os nossos trabalhos e ansiedades para encontrarmos na quietude de nossa alma com o Deus invisível, oferecemos a Ele o culto indiviso de nosso coração.
Enoch de Oliveira, Bom dia, Senhor [MM 1990], p. 12.
Fonte: http://iasdonline.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário